Segundo Dewey, é fundamental fomentar o desenvolvimento da capacidade do pensamento crítico e científico de cada indivíduo, pois vai ser importante na sua participação directa e activa na vida social. É necessário formar indivíduos independentes, capazes de pensar por si e com capacidade de reconhecerem o valor social e científico do seu trabalho.
A sociedade é cada vez mais competitiva, cada vez mais exigente. No trabalho, no desporto, no lazer, na formação e na investigação cada vez se exige mais e se estabelecem metas cada vez mais ambiciosas. Esta postura de exigência nem sempre é possível de ser aplicada na escola.
A aprendizagem da vida em sociedade passa pela aprendizagem de que o estudo, o empenho, o esforço, a dedicação devem efectivamente ser premiados. É assim que se passa na sociedade. Só os mais capazes, os mais exigentes consigo próprios é que são normalmente premiados, reconhecidos.
As turmas evidenciam dificuldades no que concerne a hábitos de trabalho. Verifico que os alunos têm de uma forma geral dificuldades em desenvolver um trabalho autónomo, alguns têm dificuldades em distinguir o espaço de aula do espaço de convívio. E não me refiro a esporádicas atitudes de descompressão ou até uma que outra atitude impertinente que a idade potencia; trata-se de algo mais estrutural que impede a aquisição de conhecimentos e o amadurecimento, em tempo útil, que permita acompanhar com sucesso a dificuldade dos programas do secundário.
A escola no seu todo não pode ficar indiferente. Justifica-se promover competições com os jovens de hoje, tornando-os adultos capazes de enfrentar dificuldades, ser justo, saber trabalhar em equipa, aceitar os seus defeitos e usar bem suas qualidades para construir um mundo melhor.
Mas como tornar isto tudo relevante? Proponho fazer um ranking de alunos em cada curso profissional, este ranking seguiria critérios transversais a todas as disciplinas tais como, por exemplo, média global, atitudes e competências, com ponderações a definir. Os alunos no topo do ranking terão como recompensa a prioridade na escolha do estágio profissional, esta escolha será feita com consulta do coordenador de curso. Este face ao conhecimento das características do aluno irá orientá-lo para as escolhas que considera mais acertadas.